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Vocabulário da impressão, ou "a sopa de letrinhas"...

Atualizado: 16 de mai. de 2019


Jpgs, Raw, Tiff, DNG, PPI, DPI

A ideia é; que ao ler uma frase do tipo “ao se editar um arquivo jpg de 3000 pixels de dimensão máxima e se imprimir a 300 dpis…” ela tenha algum sentido e não pareça grego arcaico a você leitor.


Uma das primeiras questões que costumamos ouvir de um cliente que queira imprimir uma imagem é:” Qual o formato do arquivo que devo enviar?” Para facilitar a resposta, podemos começar e descrever os tipos mais comuns para arquivos digitais:


#Raw (crú em uma tradução literal) – é uma denominação genérica dos arquivos gerados diretamente pelas máquinas digitais. Este arquivo contém as informações captadas pelo sensor na sua forma mais completa, segundo os algoritmos de cada fabricante.

Ao contrário do arquivo “Jpeg”, sua extensão varia de equipamento a equipamento e pode ser *.CR2 (Canon), *.NEF (Nikon), *.RAF (Fuji).

Além da extensão em si, o formato interno de cada arquivo não segue um padrão, assim só pode ser visualizado através de softwares específicos tais como o Adobe Lightroom ou o Adobe Camera Raw.


Para um fluxo de impressão, este só deve ser o arquivo inicial já que não pode ser editado diretamente e quaisquer eventuais edições e correções devem ser representadas em um arquivo intermediário, dos tipos que citaremos a seguir.


#Jpg ou #Jpeg – é uma abreviação de "Joint Photographic Experts Group", e se refere a um tipo de arquivo digital aonde as informações da imagem se encontram comprimidas segundo uma taxa variável e aonde esta compressão é destrutiva, ou seja, a cada edição de um arquivo do tipo Jpeg ele pode perder informações em relação ao seu estado anterior. A maior parte dos equipamentos digitais podem gerar arquivos deste tipo e eles são práticos pois possuem um tamanho adequado ao armazenamento e a transmissão via WEB.

Para um fluxo de impressão, se realmente for necessário, este formato só deve utilizado no final, ao se enviar a imagem para o “printer”.


#Tiff – é uma abreviação de “Tagged Image File Format” e é o arquivo mais comum para o envio de imagens a serem impressas. A sua compressão é “sem perdas”, a maioria das informações da imagem original é incluída e possui uma profundidade de cores compatível com a disponível nos arquivos RAW gerados pelas máquinas.

Apesar deste ser um formato bom para envio, o fluxo utilizado tem de ser adequado, pois não adianta nada fotografar em JPG, fazer todas as edições neste formato e depois converter a imagem em Tiff (ou DNG), as informações perdidas ao longo da edição, com o uso do JPG, não são recuperadas mais.


#DNG – ou “Digital Negative” é um formato de arquivo criado pela Adobe sendo bastante conveniente como substituto do Tiff , pois além de guardar as informações do Raw , pode ser criado após as edições e manipulações do Lightroom ou do Photoshop simplificando o processo de impressão final.


Além destas características , existem itens adicionais, específicos de cada formato tais como: profundidade e espaços de cores, balanço de brancos, informações EXIF, etc... que serão comentados em tópicos específicos nos próximos textos.


Além dos formatos dos arquivos em si, usaremos bastante algumas grandezas matemáticas associadas aos arquivos, estas são:


#Pixels – É formado por um conjunto de 3 subpixels ou dots (vermelho, verde e azul), pixels são usados para câmeras (e seus sensores) e monitores. Para impressoras o conceito de pixel não se aplica pois cada gota (ou dot) de tinta não é um conjunto de 3 cores justapostas.


#PPI – Define a densidade de pixels por polegada (inches), ao contrário dos DPIs esta densidade se aplica a sensores e monitores.


#DPI – Define a densidade de pontos (dots) por polegada (inches), esta densidade é usada para impressoras, para monitores se usa o pixel segundo a definição anterior. Apesar de serem conceitos diferentes, podemos falar em “equivalência” entre pixels (da imagem) e dots (na impressão) pois a unidade prática mínima de medida se equivale entre as duas, ou seja se imprimirmos uma imagem de 3000 pixels (em determinada direção) sem interpolação, ela vai gerar uma impressão com 3000 dots na mesma direção.Um conceito muito importante para impressões, e que deve estar bem consolidado para o fotógrafo, é que a imagem possui Pixels e os DPIs e PPIs são definidos pelos meios aonde esta imagem está sendo mostrada ou impressa. Assim PPIs e DPIs não são propriedades da imagem.

É muito comum se ler a frase “me envie a imagem em 300 DPIs”. Ela não tem sentido, pois uma imagem de 3000x4000 pixels gravada em 300 DPIs ou a 2 DPIs, são a mesma imagem !!! No próximo artigo voltarei a este ponto com mais detalhes.


#Proporção - Um último ponto importante, e que causa muitas dúvidas, é a proporção entre as dimensões da imagem. Ela é a razão numérica entre os pixels nos lados do sensor (largura e altura) , e portanto define a relação entre as possíveis dimensões de impressão das imagens.

De maneira geral, as imagens digitais, assim que são captadas pelos sensores possuem a proporção 3x4 ou 2x3, no primeiro caso se encaixam as máquinas compactas, as imagens de celular e as da linha micro 4/3. As demais geralmente geram arquivos nativos na segunda proporção.

Assim, se não houver corte nas imagens, para um sensor 2x3 conseguiremos fazer ampliações 20x30 cm, 40x60 cm e assim por diante, para as de 3x4 teríamos 22,5x30 cm e 45x60 cm.

Uma proporção muito em moda, mas que não reflete as proporções da maioria dos sensores, é a proporção utilizada no Instagram, 1x1. Neste caso sempre há um corte da imagem original e as ampliações nesta proporção seria 30x30 cm , 40x40 cm e assim por diante.



 

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